segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bibliotecas sucateadas

Todas as bibliotecas deveriam ser lugares agradáveis e aconchegantes
O eBook pode ajudar
a democratizar as bibliotecas

As bibliotecas públicas estão em decadência. Vazamentos, perda de livros, falta de conservação, etc.

Conheço um rapaz de 17 anos que, de tanto encontrar fechada a biblioteca de sua escola (estadual), acabou desistindo de pegar emprestado o livro Iracema, de José de Alencar. Acabou baixando da internet e imprimindo algumas páginas, já que ele (ainda) não tem tablet.

Já frequentei muito as bibliotecas municipais. Em décadas passadas, elas eram um lugar maravilhoso, com tesouros prontos para ser encontrados em cada corredor, em cada estante.

Certa vez encontrei, na Biblioteca Municipal do Bom Retiro, um livreto manuscrito (manuscrito!!) perdido em cima de uma prateleira mais alta: tratava-se do compêndio "Nosso amigo, o jumento", de um monge franciscano. Uma preciosidade.

O descaso do poder público está destruindo as bibliotecas. Até quando?

Enquanto as bibliotecas físicas não melhorarem seu acervo e seu atendimento ao público, as bibliotecas virtuais podem ser uma solução provisória para disponibilizar, aos leitores, uma infinidade de títulos em formato dgital.

A Biblioteca Nacional está organizando um enorme acervo virtual, conforme noticiamos aqui. Para além dessa iniciativa, há uma enormidade de livros digitais disponíveis gratuitamente na web, ou porque os direitos autorais expiraram, ou porque o autor decidiu disponibilizar sua obra na internet.

De qualquer forma, mesmo contando com os livros digitais, é preciso que exijamos do poder público (mormente das prefeituras) que o acervo de livros seja bem cuidado e que as bibliotecas funcionem adequadamente. Que o advento das bibliotecas virtuais não sirva como desculpa para o descaso com as bibliotecas físicas.

Se quisermos que a população mais pobre aumente seu índice de leitura, devemos lhes dar condições para tanto.


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