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O passamento de Steve Jobs foi uma perda muito grande para o mundo. Ele era um gênio. Mas, para surpresa de muitos, temos que dizer que Steve não era perfeito. Sim, ele tinha seus defeitos também, como todos nós.
A principal falha, não só de Steve Jobs, mas também das grandes corporações do mundo digital, é ter uma visão individualista do progresso tecnológico da humanidade. Não é surpresa que seja assim, pois esse progresso se originou, majoritariamente, nos EUA, o país dos self made men, os que nascem de baixo e sobem, supostamente, por seus méritos.
Steve, como muitos líderes empresariais dos EUA (e de outros países também) tinha a ideia de que bastava se trancar em sua sala e pensar, pensar, para lançar produtos maravilhosos. E, de fato, por um tempo, ele conseguiu. Só que não se preocupou com os preços. E, convenhamos, um produto que é excludente não é tão maravilhoso assim, a não ser para aquelas almas que necessitam ter coisas "exclusivas" (excludentes) para se sentir especiais.
Será que Bill Gates conseguiria montar um computador se lhe déssemos uns dois quilos de aço, uns 300 g de cobre e mais latão, sílica e plástico? São esses os materiais dos computadores. Não, nem Bill, nem Steve nem nenhum outro ser humano, sozinho, conseguiria. Mesmo se lhes déssemos não os materiais, mas todos os componentes dos computadores, como parafusos, placas eletrônicas e fios, um ser humano sozinho não conseguirá montar um computador funcional. Um técnico talvez consiga montar as peças. Mas ele não terá o conhecimento para escrever os softwares. Um especialista em software precisará participar dessa montagem. O ser humano não progride sozinho. Somos uma espécie gregária.
Por sermos gregários, temos que fazer as coisas de maneira colaborativa. E não apenas em pequenos grupos de sábios, mas utilizando os talentos de todos, gênios ou não.
Essa é a função de sites como esse, de propor o debate sobre os tablets e os livros digitais, para que a solução venha de uma união de esforços e de propostas.
Após a crise econômica de 2008, que continua em 2011, a humanidade talvez possa fazer uma mudança de rumo, do individualismo para a parceria. Daquele enredo em que o super-heroi salva a todos para a ideia de trabalho em equipe que permite que todos evoluam.
Essa tendência ao individualismo é cada vez maior, e temos que atentar para isso seriamente.
ResponderExcluirA cooperação, as parcerias, são uma forma de aumentarmos as nossas forças. Um supre aquilo que o outro precisa. É a colaboração.
Muitos grandes têm se unido. Os pequenos e médios também precisam aprender essa lição, para que todos possam crescer juntos.