Imagem: Nutdanai Apikhomboonwaroot / FreeDigitalPhotos.net |
Num momento em que boa parte do mundo "desenvolvido" está em fortíssima crise, uma das saídas encontradas pelos fabricantes de equipamentos eletrônicos é baixar o preço. Por isso tablets, netbooks, notebooks, computadores de mesa e smartphones estão sendo oferecidos com preços bem competitivos. Ainda mais que boa parte deles é de fabricação chinesa, país onde os trabalhadores ainda têm salários muito baixos.
Noticiamos aqui que a Amazon lançou o Kindle Fire, um tablet colorido com tela sensível ao toque, por U$ 199,00. O modelo mais simples do Kindle tradicional, com tela e preto e branco (tela de "tinta digital") custa U$ 79,00.
A Índia radicalizou a questão do preço e lançou o Aakash, um tablet de U$ 35,00.
Nas principais capitais brasileiras, em centros de comércio eletrônico, pode-se comprar tablets por R$ 100,00.
Com esses valores, o iPad fica cada vez mais isolado, lá em cima, no nicho de mercado que escolheu ocupar, que é para poucos, bem poucos.
Como já dissemos, esse isolamento não é apenas na questão do preço, mas também na questão da compatibilidade. Ao não usar o sistema operacional Android, um sistema colaborativo e universal, o iPad cada vez é menos sociável, ficando realmente isolado em seu nicho.Isso nos remete de volta ao dilema que é: exclusividade versus universalidade.
Aliás, a Amazon acaba de lançar outro produto, o Kindle 3.2 para Android, com suporte a português do Brasil. Duas jogadas interessantes da empresa: uma, agradar ao público brasileiro. Afinal, o Brasil é uma das maiores economias do mundo e, entre os BRICs (1) é o que apresenta o maior crescimento do uso de internet e equipamentos eletrônicos. A outra jogada é compatibilizar os eBooks da Amazon com o sistema Android que, como dissemos, está se tornando o sistema operacional universal para tablets e smartphones.
Então o resumo é que a Amazon deseja integrar-se. Enquanto a Apple prefere produtos e softwares exclusivos, não compatíveis com outros equipamentos. Num mundo em que a palavra de ordem é parceria, a Apple sempre optou pela não-parceria. Por enquanto, o iPad continua vendendo muito bem. Por enquanto...
(1) BRICs - Brasil, Rússia, Índia e China
Nenhum comentário:
Postar um comentário