sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Inclusão digital avança

Brasil já é o terceiro no mundo
em número de internautas
Créditos da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net
Levantamento do Instituto Ibope Nielsen Online mostrou que o Brasil superou a Alemanha em número de pessoas com acesso à internet. Chegamos a 46,3 milhões de internautas.

No ano passado, já havíamos superado a França e o Reino Unido. Dos BRICS (conjunto de países emergentes que inclui Brasil, Rússia, China e África do Sul) nós estamos na frente em crescimento do número de computadores. Os índices brasileiros se superam a cada ano.

Estamos atrás apenas dos EUA, campeoníssimos, com 203 milhões de usuários da web, e do Japão, que ocupa o segundo lugar com 62 milhões de internautas. China e Índia, embora tenham populações que superam 1 bilhão de pessoas, são países de famílias predominantemente pobres. Por isso, ficam para trás nessa corrida pela inclusão digital. Rússia e África do Sul, além de também sofrerem com o alto índice de pobreza, têm populações bem menores que os dois gigantes asiáticos.

O número de residências brasileiras com acesso à web subiu de 48 milhões, em 2010, para 58 milhões no terceiro trimestre de 2011, um crescimento assombroso, que corre junto com o crescimento do número de computadores. Esse foi o maior crescimento anual já registrado na década.

Internet fora de casa

Quando se inclui, nesse levantamento, os acessos à web no trabalho, na escola, em lan houses, etc, os números são ainda mais impressionantes: atingimos 77,8 milhões de internautas!

É líquido e certo que esses internautas que ainda não têm internet em casa almejam esse acesso. Certamente esse Natal será um Natal eletrônico, em que muitos computadores, tablets, notebooks e netbooks sairão das prateleiras das lojas para as residências da classe média emergente.

Uma outra possibilidade, para os jovens que já têm um aparelho portátil mas ainda não têm internet em casa, é o acesso sem fio em livrarias, rodoviárias e locais públicos. Por exemplo, a rodoviária de Belo Horizonte tem internet sem fio de alta velocidade oferecida pela prefeitura. Outro exemplo é a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, que tem internet sem fio gratuita oferecida pelo governo do Estado.

Há também muitas pequenas cidades que oferecem acesso à web, gratuitamente, a todos. Damos aqui o exemplo da cidade de Pedreira, interior de São Paulo. A prefeitura provê, a todos os 45.000 habitantes, internet sem fio.

Isso representa um mercado potencial de fazer cair o queixo de todos os comerciantes. Imagine-se as possibilidades de venda de livros eletrônicos a essa população ávida por desbravar um novo mundo que, na década passada, estava completamente fora de suas capacidades financeiras.

Até as novelas começam a focar a nova classe média
Potencial de expansão

Estamos entrando na segunda década do século. A ascensão do Brasil parece acelerar ainda mais. Enquanto a Europa tenta sair de uma crise infindável, o Brasil se dá ao luxo de fazer duras exigências para permitir que empresas automobilísticas se instalem aqui, o que mostra a pujança de nosso país.

Para as editoras, é um momento mágico, de conquistar esses novos clientes, oferecendo preços competitivos, tanto para livros em papel, como para os eBooks. No caso dos eBooks, as pequenas editoras estão em vantagem, pois seus custos são menores e elas são capazes de ter um relacionamento mais próximo com os clientes.

Aliás, como pode ser esse relacionamento? Falaremos disso em breve.

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