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As gírias fazem parte de nosso dia a dia. Não há problema nenhum em seu uso na linguagem falada.
É claro que, naquela apresentação para a diretoria, o funcionário não usará gíria, exceto se o ambiente da empresa for muito, muito informal, o que não é comum. Mas esse mesmo funcionário poderá usar gírias e expressões quando estiver entre amigos e familiares.
Gírias são palavras inventadas ou modificadas, ou somente modificadas em seu conteúdo. Alguns exemplos:
- Irado = excelente- Demorô = gostei- Vê se pode! = mas que absurdo!- Despencou = caiu
Na linguagem escrita é preciso limitar ao máximo o uso de expressões e gírias, pois elas são diferentes conforme a região do Brasil, e conforme a época. Em um ano ou dois, uma gíria pode cair em rápido desuso. Um livro (em papel ou digital) que contiver essas expressões ou gírias se tornará obsoleto, datado. Ou então só será atraente para aquelas regiões nas quais as expressões são usadas.
Nas revisões de livros ficcionais, é preciso alertar o autor para esses fatos. E, na diagramação dos livros, é necessário colocar as gírias em itálico, pois se o leitor não conhecer aquela gíria ou expressão, pelo menos o itálico irá alertá-lo de que se trata de português coloquial.
Ainda falando de livros ficcionais, é aceitável que os diálogos incluam gírias e expressões, quando estão na boca de um personagem que pede esse tipo de linguajar. No entanto, deve-se evitar gírias quando é o próprio autor se expressando como narrador.
Mas, atenção. Que este artigo não sirva de pretexto para preconceito linguístico. Lembremo-nos sempre de que existem vários formatos do idioma português - ou de qualquer outro. Não podemos considerar que o modo popular de se expressar seja "errado". Sobre isso, vamos postar novamente o vídeo da Editora Abril, que fala sobre a exposição Menas, patrocinada por ela.
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