domingo, 6 de novembro de 2011

Impressões de BH



Estou compondo este artigo do blog num espaço público de BH, usando meu netbook e a excelente conexão wireless que a prefeitura da cidade disponibiliza por toda uma área.

Comigo tenho vários equipamentos eletrônicos. Façamos um inventário: netbook, kindle, mp3 player. celular, pendrive e um relógio com mostrador digital.

Em minha estada na capital mineira encontrei um garoto de 8 anos que tem dois notebooks antigos que seus parentes passaram para ele ao comprarem equipamentos mais atuais. Tem também um tablet que ele usa para jogar e colecionar figurinhas virtuais.

Mônica, uma bela moça de origem libanesa, usa um poderoso PC em seu trabalho e outro, também potente, em casa. Prova viva de que o PC não morreu. Bem longe disso. Ela também usa notebook, smartphone, etc. Sua mãe adora jogos de computador, preferencialmente corrida de automóveis. Também assiste a vídeos do Youtube, e se diverte muito com eles. 

Nos shoppings, como o Diamond Mall, jovens, crianças e adultos usam seus celulares e smartphones para combinarem passeios. Nos faróis, não se vê mais as crianças pobres fazendo malabarismo. Perguntei a um taxista onde elas estavam, já que eram comuns em todos os semáforos do centro. Ele me respondeu:
- Estão na escola, doutor. É o Bolsa-Família. Se elas não estiverem frequentando a escola e a fiscalização descobrir, a família perde o Bolsa-Família.
Aproveitei o início do papo já entabulado e comentei:
- O GPS facilitou a vida dos taxistas, não?
- E como, doutor. A cabeça do taxista não precisa mais guardar nome de rua e localização. Assim, fica mais livre para se concentrar no trânsito.

Os mineiros são muito acolhedores. São muito inteligentes e percebem o que há por trás dos fatos e das pessoas, mesmo quando fazem um ar de desentendidos.

Belo Horizonte conectada não perdeu seu ar de Belo Horizonte. Apenas o atualizou. O sotaque é o mesmo, agradável. Completamente diferente do sotaque do interior de Minas. As ruas continuam bonitas e arborizadas, pelo menos no centro e Savassi. Mas as pessoas têm mais informação. Seja o garoto de 8 anos que tem um tablet e dois notebooks, seja o taxista, seja a moça de origem libanesa e sua família. Claro, isso não quer dizer que as pessoas efetivamente se informarão mais. Mas pelo menos têm uma porta aberta para isso.

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