Crédito da imagem: twobee / FreeDigitalPhotos.net |
Quando falamos em tablets, logo vem à mente de alguns: "iPad". É a força de uma marca, de um ícone, a Apple.
Mas nem só de iPads vive o mundo dos tablets. Há uma infinidade de marcas, umas mais famosas (Sony, por exemplo), outras menos.
Então, quando uma pequena editora ou um autor forem decidir sobre o lançamento ou não de uma obra em formato eBook, é preciso romper o paradigma de que Tablet = iPad.
Com todo respeito pela Apple e pelo seu ideólogo (agora em retiro) Steve Jobs, mas o iPad ganhou, nos últimos anos, concorrentes muito fortes.
Nos EUA, o iPad, segundo as estatísticas disponíveis, ainda domina 73% do mercado. Mas há um ano eram 83%. Uma queda expressiva...
O ponto fraco do iPad é, paradoxalmente, seu ponto mais forte: ele é um produto exclusivo, caro, chic. Se é exclusivo, então é excludente. A maioria da população não tem dinheiro para comprá-lo. E o exclui de sua lista de compras.
O sistema operacional da Apple também é exclusivo, ou seja, exclui os excelentes aplicativos disponíveis gratuitamente no mercado, e que rodam no sistema Android, que é administrado por um Comitê Internacional, como nós já mostramos aqui. Ou seja, quem tiver um iPad descobrirá que está impedido de baixar esses aplicativos que seus colegas têm. No fim, o tablet chic torna seu proprietário uma espécie de pária do mundo digital. Ele está isolado e cercado por arames farpados virtuais.
No Brasil, as estatísticas dizem que o iPad corresponde a 57% dos tablets vendidos em 2011. Ou seja, 43% já são de outros fabricantes.
Este site-blog se permite duvidar dessas estatísticas. Até porque elas não incluem, por exemplo, os tablets gratuitos que muitas instituições de ensino superior dão de presente aos alunos no ato da matrícula.
E duvido que as estatísticas incluam os milhares e milhares de tablets vendidos nas pequenas lojas de comércio eletrônico espalhadas pelo Brasil.
Então, que ninguém se engane: o tablet é, sim, um produto popular, embora o iPad não seja. E agora, com 25 empresas se dispondo a fabricar tablets em nosso país, o preço desses computadores de mão se reduzirá ainda mais. Então, como muitos estão prevendo, o próximo Natal será "o Natal dos tablets".
Estamos vendo surgir, diante de nossos olhos, centenas de milhares de leitores potenciais de eBooks. Bastará que as pequenas editoras saibam cativar esse público.
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