terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A pirataria de eBooks



O site Revolução eBook publicou um artigo com o elucidativo título "É Fácil Ganhar com o Dinheiro dos Outros". Este artigo inclui algumas considerações sobre o que lá foi discutido.

A pirataria é um sério problema para músicos, autores de livros e também para o cinema.

O eBook ainda é, hoje, um livro sem papel. Mas este blog avalia que ele pode se transformar numa obra multimídia, que inclui texto, imagem, som e vídeo. Por um lado, isso abre amplas possibilidades que, certamente, encantarão o cliente - veja-se, por exemplo, o eBook do Al Gore, que abordamos aqui -e que, também, atiçarão a pirataria do eBook.

Nesse sentido, a arma que temos hoje para reduzir essa pirataria é a proteção criptográfica. Por exemplo, o DRM da Adobe, que reduz a pirataria pela adição de um código que impede a leitura do eBook em mais de que seis computadores. Por que seis? Digamos que três sejam do comprador - um de mesa e um tablet, e mais três sejam para outros usos. Dar a um amigo ou colocar o eBook no computador da empresa, por exemplo.

Também a Apple e a Amazon têm sistemas de proteção ao autor e às editoras.

A questão a considerar é que a pirataria, como diz o título do artigo do Revolução eBooks, é uma forma de ganhar com o trabalho dos outros. Ganhar dinheiro ou ganhar prestígio. Sites de pirataria de obras artísticas ou culturais lucram, direta ou indiretamente, com criações de outrem, que exigiram tempo, dinheiro e recursos materiais.

Um outro fator importante para reduzir a pirataria do eBook e torná-la desinteressante, através da redução drástica do preço dos eBooks. A Amazon, por exemplo, tem títulos por U$ 0,99. Esses títulos são menos pirateados, pois a maioria dos leitores prefere comprar o original.

É perfeitamente possível reduzir o preço dos eBooks para valores que são uma fração do preço do mesmo livro físico. Afinal, como já foi abordado aqui, o eBook dispensa um dos principais componentes do custo do livro, que é o papel. Mesmo sendo papel isento de impostos, ele é caro.

Além disso, não é só o custo físico do papel. Há o custo da gráfica para imprimir o livro. Não podemos esquecer da tinta, das impressoras, da mão-de-obra especializada que é exigida para a impressão. Assim, para as pequenas editoras, a impressão do livro representa 60% ou mais do custo. Por isso consideramos totalmente irreal o eBook custar quase o mesmo que o livro em papel.

O DRM e as outras formas de proteção do eBook contra a pirataria não são perfeitas. Elas precisam ser complementadas com a redução do preço do livro, desestimulando a cópia pirata.


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