sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Autossuficiência

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Ministros de Comunicação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) se reuniram para planejar a construção de uma banda larga para a região. A proposta da reunião foi do Brasil, apresentada durante o Fórum de Investimentos Brasil-Colômbia, ocorrido em agosto deste ano, em Bogotá.

Esse é um assunto importante para o Continente. Até hoje, grande parte das conexões que utilizamos passam pelos EUA. É uma situação insustentável, até mesmo do ponto de vista da defesa do país. As Forças Armadas, provavelmente por considerar que essa dependência nos torna vulneráveis em caso de algum conflito (que, esperemos, nunca ocorra). Tanto assim que o satélite brasileiro que a Telebras, em conjunto com a Embraer, irá lançar no início de 2014, tem como uma de suas funções prioritárias a comunicação militar. Além, claro, de ser utilizado no PNBL - Plano Nacional de Banda Larga.

O fortalecimento da internet na América do Sul resulta em fortalecimento de tudo o que se relaciona a ela, como é o caso dos eBooks. Os tablets têm pequena capacidade de armazenagem. Boa parte de suas funções é executada "em nuvem", isto é, recorrendo a arquivos e programas que estão guardados no ciberespaço. 

O ciberespaço não é nenhuma dimensão etérea, mas sim um conjunto de grandes computadores, chamados servidores. Boa parte desses servidores gigantescos está, hoje, nos EUA. É nessas supermáquinas que está boa parte da memória da internet. Isso não é mais aceitável. É fundamental que o Brasil, assim como a América do Sul, assumam no mundo virtual a posição que já têm no mundo político-econômico. Foi-se o tempo em que éramos apenas um quintal dos EUA. Hoje o Continente Sul-Americano é uma das regiões que mais cresce no mundo. No Brasil, por exemplo, quase dobrou o número de smartphones em um ano.

Então, é necessário que um passo importante seja dado em relação à internet, para que possamos universalizar o acesso à web, a mídia de todas as mídias.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Brasil acelera

Imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

Segundo pesquisa do Instituto GfK, a venda de smartphones cresceu bem acima da média mundial nos primeiros 6 meses de 2011. A média mundial já é alta: 69% em comparação com 2010. Pois o Brasil ultrapassou essa marca e bateu em 80%, ou seja, quase dobrou a venda desses aparelhos.

Não há muitas dúvidas de que o mesmo ocorrerá com relação aos tablets. O Brasil, o jovem brasileiro, está como que uma esponja pronta para absorver as novas tecnologias digitais. E aqui falamos do jovem de qualquer classe social.

Como já dissemos em outros artigo, há uma tendência de crescimento ainda maior dos tablets, já que o Governo Federal retirou vários impostos do produto ao classificá-lo como um computador (o que, de fato, ele é). Com isso, o preço se reduziu. E se reduzirá ainda mais com o estímulo à fabricação dos tablets em nosso país, inclusive o iPad. O detalhe impressionante é que o iPad será, PELA PRIMEIRA VEZ, fabricado num país ocidental. Então, esqueça aquele bordão usado no passado, "não compro nada feito na China, Tailândia ou Indonésia". O iPad é feito por lá. Agora será fabricado também no Brasil, por um acordo do Governo com a empresa FoxConn, de Taiwan.

Mas, voltando à aceleração brasileira, ela é o resultado de uma conjunção de fatores, entre eles a crise na Europa e nos EUA. É natural que as empresas multinacionais queiram investir num país - e num Continente - que está navegando bem na tempestade. Toda empresa pensa em investir num mercado promissor "antes que meu concorrente faça isso". Então, passa a ser uma corrida pelos mercados. Ganha mais quem chegar primeiro.