sábado, 5 de dezembro de 2020

Os erros que doem nos ouvidos

"Fui pegar ela no aeroporto."

"Vou vim amanhã."

"Traz um sanduíche pra mim comer."

Esses são erros comuns que vemos no português falado e até na língua escrita. Eles depõem contra quem os comete. Se alguém se declara, digamos, médico, e comete esse tipo de erro, dou-me o direito de ficar em dúvida se ele é um bom profissional médico.

Não somos perfeitos, todos erramos. Mas conforme o tipo de erro que alguém comete, revela-se algo sobre essa pessoa. Os erros de português dão-nos a impressão de que a pessoa não lê um livro há muito tempo. Se é um médico, advogado, engenheiro, fica a dúvida se ele ao menos lê os livros ligados à sua profissão, para se manter atualizado na área em que atua.

Sobre as três frases acima, a versão correta de cada uma é:

"Fui pegá-la no aeroporto."

O pronome oblíquo (no caso, o la) é a forma correta nesse caso. Além do mais, dá menos trabalho de dizer, pois é mais curto.

"Vou vir amanhã." ou "Virei amanhã."

Esse é o tipo de erro (vou vim) que denota pessoa de baixa cultura. A palavra vim é o passado do verbo vir Eu vim aqui ontem ‒ e não o futuro desse verbo.

"Traga um sanduíche pra eu comer."

O verbo no infinitivo comer ‒ é precedido do pronome pessoal eu. Seria diferente se a frase fosse "Estudar é uma alegria para mim" . Aqui o pronome mim está correto, pois não está precedendo verbo no infinitivo.

A melhor forma de estudar português é ler livros, sejam livros de autores brasileiros, portugueses ou livros traduzidos para o português.

 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Precisamos falar sobre a nuvem


Estamos na era da informática. Mas algumas pessoas ainda não usufruem totalmente das vantagens destes tempos. Sim, há desvantagens também. Por exemplo, o afastamento das pessoas. Ainda mais nesses tempos de pandemia... Mas as vantagens são muitas.

Vamos falar sobre uma dessas vantagens, que é a nuvem, aquele local mágico onde você pode guardar seus arquivos com grande segurança e possibilidade praticamente ZERO de perdê-lo.

O que é essa tal "nuvem"? É apenas uma série de grandes computadores (chamados servidores) que armazena uma quantidade imensa de informação. E aí você perguntará: "mas se é um computador, não pode haver risco de apagar a memória? Ou de perder o hd, enfim, os mesmos riscos que corro guardando os arquivos em meu próprio computador?" A resposta é não. Tomemos como exemplo o Google Drive (que, aliás, é 100% gratuito). O Google é a maior empresa do planeta terra. Eles certamente têm diversos computadores com cópias de tudo. Seu arquivo terá cópias de segurança em vários computadores, provavelmente em instalações separadas. Se o computador A for destruído num incêndio, junto com seu arquivo, o computador B, em outra cidade, tem cópia de tudo. Se o computador B for atingido por um meteoro, há o computador D, E, F, G. O Google pode. O Google tem dinheiro, muito dinheiro.

Há muitos serviços de nuvens. Vou citar o pCloud, o aDrive e o Dropbox. Este último, mais caro. E advirto que nada é 100% garantido. E se um desses serviços falir? Podemos perder tudo. Por isso, utilizo 3 serviços de armazenamento. Se um fechar, ainda tenho dois! Quanto ao citado Google Drive, tem muito mais segurança (acho difícil o Google falir nos próximos 100 anos), mas menos capacidade de armazenamento.

Dica para iniciantes: use o Google Drive. Se você não tem a menor ideia de como usá-lo, há vídeos no YouTube ensinando. A maneira mais simples de salvar seu arquivo é ter um gmail (o email do Google) e mandar um email pra você mesmo com esse arquivo anexado. Pronto, fica lá guardado no Google Drive.

Este escriba já foi fã ardoroso dos HDs externos, aqueles drives que conectamos ao computador. Mas a experiência mostrou que esses equipamentos são frágeis e podem simplesmente apagar tudo! Pendrives são de grande ajuda, mas também podem simplesmente apagar. Realmente, neste momento, a grande solução para proteger seus arquivos é armazená-los na nuvem.