Todos nós temos lembranças incontáveis de nossas vidas: dias na praia, na montanha, noites na varanda, no campo, um acontecimento que nos marcou profundamente ou nem tanto, alegrias, tristezas, cenas inusitadas, surpresas, espantos, percepções, intuições… são tantas as possibilidades!
Eduardo Elias Lusvarghi criou o livro Fragmentos, publicado pela Editora Sucesso, porque queria enxergar o mosaico de lembranças de sua vida e compreender o seu sentido. É o seu mosaico pessoal, mas que também reflete o mosaico de todos nós, no qual cada leitor pode se reconhecer em suas próprias memórias.
Nossas lembranças são como peças de um grande quebra-cabeça que carregamos conosco, guardadas em silêncios e memórias que, muitas vezes, só fazem sentido quando revisitadas. Cada fragmento, por menor que seja, compõe a história de quem somos, trazendo consigo reflexões e aprendizados.
É nesse emaranhado de recordações que reside a beleza da vida: enxergar, nas pequenas coisas, a grandeza da nossa própria existência. A vida não se apresenta como uma narrativa linear e perfeita; ela se revela em pedaços, flashes, lampejos de consciência que surgem em momentos inesperados. São esses recortes aparentemente desconexos que, reunidos, nos oferecem uma visão mais profunda de quem somos e para onde caminhamos.
Pensar nos fragmentos é perceber que a eternidade se esconde no instante, que o valor do tempo não está na sua duração, mas na intensidade com que foi vivido. Cada lembrança é como uma janela aberta para o infinito – e, ao olhá-la, reencontramos o sentido da vida em sua forma mais simples e, ao mesmo tempo, mais grandiosa.
Fragmentos é um livro que trata carinhosamente pedaços do passado de um ser humano, conferindo-lhes sentido e a certeza de que a vida é uma jornada preciosa. Um livro para fazer pensar. Para ler, guardar na estante e revisitar muitas vezes. A cada leitura, novas percepções estarão à espera do leitor.
E talvez seja essa a verdadeira missão de um livro que trata de nossos momentos pela vida: não apenas contar uma história, mas despertar em cada um de nós a coragem de revisitar a própria vida , reconhecendo, em cada fragmento, a plenitude da existência.