sábado, 28 de setembro de 2013

Os livros e o fim do papel

Crise no Mercado de Jornais e Revistas




Recentemente recebemos, aqui na Editora, a visita de um fornecedor, uma grande gráfica. Quando disse "grande", eu quis dizer grande mesmo!

A reunião foi motivada pelos constantes atrasos na entrega de livros que encomendamos a essa gráfica. Atrasos, erros e falhas de comunicação. Qual seria a causa desses problemas? Como somos clientes antigos, a gráfica se dispôs a vir à Editora para dar as explicações.

Conforme o relato dos dois representantes, o que ocorreu foi o seguinte:

1) Essa empresa gráfica presta serviços para as maiores editoras brasileiras, imprimindo revistas e jornais;

2) as editoras estão em crise, pois a venda de jornais e revistas caiu vertiginosamente. Eles citaram uma que costumava imprimir um milhão de exemplares e que teve esse número reduzido para cem mil, ou seja, as vendas caíram 90%; O nome dessa crise é www. A internet tornou-se o veículo preferencial dos jovens para ler, pesquisar, saber notícias, etc.

3) a gráfica está, rapidamente, priorizando os pequenos clientes, como as pequenas editoras. Elas estão "bombando", como se diz na gíria. E a grande gráfica, finalmente, percebeu que nelas pode estar o futuro do mercado editorial. Mas certamente esse futuro não está nos ex-grandes veículos de mídia, como jornais e revistas.

Pequenas, mas nem tanto

Afinal, o que é uma empresa "pequena"? A Editora Sucesso, por exemplo, está num ritmo acelerado de lançamento de livros. Exemplos: "Viva La Vida", do cantor mineiro Paulinho Jones, "Frederica Sentada na Pedra", da veterana autora Lucinda Major, "Universidade Aberta da Terceira Idade" e "Atividade Física na Terceira Idade", ambos do professor Edwar Santos Santana. E vários outros (em breve estarão em nosso site).

Os veículos em papel um dia deixarão de existir. Certamente há menos leitores de jornais e revistas em papel. Mas quanto aos livros, eles ainda têm uma vida útil pela frente. Aos poucos é que serão substituídos pelo livro digital (eBook). Por alguns anos, ambos coexistirão mais ou menos pacificamente.

Como publicar um livro

Sobre os livros, há um "detalhe" importante: tornou-se muito mais fácil e barato publicar um livro, mesmo quando se é um autor iniciante. No entanto, essa facilidade é real apenas para publicações de "pequenas" editoras. As grandes ainda impõem condições que tornam praticamente inviável ao autor a publicação. E mais inviável ainda é o autor esperar algum ganho financeiro significativo caso publique com as grandes.

Mas não é o caso de se recriminar as grandes editoras, pois elas têm despesas que são tão grandes quanto elas mesmas. E empresas, por definição, precisam ter lucro, ou morrem. Assim, precisam cobrar do autor iniciante o suficiente para manter a saúde financeira da empresa.

Com as pequenas o jogo é outro: trata-se de uma parceria entre o autor e a Editora. A proposta é que ambos saiam no lucro. Para isso, as "pequenas" editoras oferecem condições que são inviáveis para as grandes.

A desvantagem que havia antigamente quando se publicava um livro por uma editora menos conhecida era a venda. Havia até uma grande editora que se gabava de ter, no cofre da empresa, a lista de todas as livrarias do Brasil, com endereço e telefone. "Essa é nossa vantagem competitiva", pareciam dizer os donos dessa grande editora. Com o advento da internet, essa vantagem virou fumaça. Agora todos têm acesso às editoras. E mais, todos podemos vender livros para o público consumidor, na internet, dispensando intermediários.

Na próxima postagem, vamos rever como é essa publicação do livro e todos os seus passos.


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