quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A última sessão de cinema

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Quando surgiu o cinema, muitos previram que seria o fim do teatro, pois o cinema era mais emocionante e muito mais barato. Aliás, o cinema recebeu o título de "teatro do povo".

O teatro não acabou. Mas, temos que reconhecer que reduziu-se, hoje, a bolsões culturais. Foi um processo lento de redução de público. Entre outros motivos, o preço é um dos principais. Atores ao vivo, músicos, cenários, tudo isso custa caro. Os filmes diluem seus custos por diversos países. O teatro não...

Quando chegou a televisão (meados do século 20) muitos disseram que seria o fim do cinema. Também o cinema não acabou. Mas, da mesma forma que o exemplo anterior, gradualmene o número de salas têm se reduzido. Hoje, os cinemas se concentram em Shoppings Centers ou em salas mantidas por grandes redes, como o Cinemark. É uma extinção lenta e gradual.

Provavelmente essa redução do público dos cinemas se acelerará com a crise econômica nos EUA e na Europa. Por exemplo, o novo filme de James Bond foi cancelado. Faltou dinheiro para a produção. E, provavelmente, faltaria público para realizar os lucros.

Então o cinema está sendo atacado por dois lados: a crise econômica faz com que as pessoas optem por reduzir suas idas ao cinema, que é muito caro. Se a família de 3 pessoas vai assistir a um filme, os custos serão, aproximadamente, os seguintes:

R$ 16,00 x 2 (duas entradas inteiras) + R$ 8,00 (uma meia entrada) = R$ 40,00;
R$ 12,00 de estacionamento (ou de ônibus/metrô, caso a família vá de condução);
R$ 25,00 de pipoca, refrigerantes e chocolates;
                                                                                 
Total: R$ 77,00 por cerca de duas horas de filme.

É muito caro se compararmos a um filme assistido na TV a cabo, numa TV de 40 polegadas cuja prestação é... R$ 77,00!!

O que ocorre é que, ao fim e ao cabo, as novas formas de cultura praticamente extinguem as formas anteriores, que ficam reduzidas a bolsões específicos. Há ainda gente que ouve os antigos LPs. Mas, comercialmente, eles não existem mais. O cinema sempre terá fãs. Mas eles se reduzirão cada vez mais, e as salas de cinema serão um exotismo que não terá força como negócio. Haverá, sempre, pessoas que preferirão ler livros em papel. Mas elas serão uma pequena amostra da população.

Qual a velocidade com que o cinema desaparecerá? Qual a velocidade com que o livro em papel será substituído pela leitura em tablets? Isso, só o tempo dirá... Mas, desde já, as empresas que não querem ficar estacionadas nas décadas passadas, já apostam no eBook.


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